15 outubro 2013

"Presentes da Vida", Emily Giffin

"Presentes da Vida"
Emily Giffin
Editora Novo Conceito
Brochura, 384 páginas, Ano: 2012, ISBN: 9788563219947
Média de preço: R$29,90.
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4.5 estrelas
Sinopse:
Darcy Rhone sempre teve todos os homens aos seus pés. Tinha um emprego glamouroso, um seleto círculo de amizades e um noivo perfeito, Dexter Thaler. No entanto, tudo mudou quando Darcy se envolveu com o melhor amigo de seu noivo... Seu noivado acabaou e perdeu sua melhor amiga, Rachel.
Incapaz de assumit responsabilidades e de enfrentar todo esse mal-estar, Darcy foge para Londres, para a casa de um amigo de infância, imaginando que poderia pasar uma borracha em tudo isso.
Mas para seu desânimo, Londres se torna um mundo estranho, onde seus truques de sedução não mais funcionam e onde sua sorte parece ter se evaporado. Sem amigos nem família, Darcy precisa dar novo rumo à sua vida e, assim, começa uma linda trajetória rumo ao crescimento e ao amor.
Presentes da Vida é um livro que nos faz pensar acerca da vida, sobre o que acontece dentro de nós mesmos, se as grandes decepções sofridas em nossa vida foram culpa do destino, das outras pessoas ou... de nós mesmos. É uma obra completa, repleta de assuntos dos mais cotidianos aos que mais mexem conosco. 

A personagem principal, Darcy Rhone, é uma mulher como muitas na sociedade em que vivemos atualmente, preocupada com a beleza, estereotipada, sempre na moda, superficial, a típica mulher preocupada com a forma acima de tudo. No começo do livro eu não me senti muito à vontade com a personagem, por todas as falhas de personalidade que a mesma apresentava, o que eu jamais estaria disposta a aguentar se tivesse de conviver com uma pessoa assim: mesquinha, gananciosa, invejosa, sagaz, fútil, superficial e o pior, sempre culpa os outros pelo que dá errado em sua vida. 

O que me tocou e me deixou muito interessada em continuar a leitura foi o fato da autora colocar na vida de Darcy, provações que a própria achou que nunca ia passar em sua vida. Foi emocionante acompanhar a mudança de uma personagem que achei que realmente nunca fosse mudar e daí veio em minha mente que nunca é tarde para se abrir para o mundo, para aceitar não somente a si mesmo como as pessoas ao nosso redor e a felicidade delas, principalmente as pessoas que amamos. 

A leitura me fez analisar várias lembranças da minha vida. "Será que fui a culpada de alguém ter ido embora?", "Será que eu poderia ter evitado tão acontecimento? Será que eu podia ter mudado aquela situação?" e isso foi saudável para a minha pessoa, uma análise interior sempre nos põe de volta nos trilhos, nos caminhos certos. Será que estamos fazendo o certo para nós mesmos? Será que estamos machucando que amamos? Para mim, é sempre importante saber como anda seu relacionamento para com você mesmo e as pessoas ao seu redor. 

Adorei o projeto gráfico do livro, não poderia ser mais perfeito o contraste de tantas cores que se combinam e deixam a capa tão perfeita. Desde o azul constante presente, representando o céu e o "algo azul" na vida da personagem, citado no livro, até mesmo o belo parque, cercado de árvores, com um banco solitário e um buquê jogado ao relento, a fonte vermelha representando a vida, a paixão, etc. com certeza me chamou bastante atenção. O papel do miolo é pólen, um amigo da leitura rápida, pois reflete menos luz, o que não cansa tanto a vista e nos permite ler mais rápido e melhor. A fonte do miolo é espaçada, de tamanho médio, torna a leitura bem clara, sem erros, apesar de ter notado alguns erros de edição. 

Os personagens são definidos pelas suas relações, amigos em comum, dispostos a ajudar, sempre presentes, apesar da personagem principal ter de passar por várias perdas e lições para aprender a valorizá-los.

Emily Giffin é uma ótima escritora, ela põe questões do nosso dia, do nosso viver, das nossas relações, vivências. Faz-nos pensar em nós mesmos como pensar, faz-nos analisar se o que vemos que está acontecendo a nós é a realidade ou se estamos desenhando a mesma ao nosso favor, para que possamos sentir pena de nós mesmos e culpar a todos em nossa volta, menos nós mesmos. 

Surpreendi-me verdadeiramente com essa trama tão vívida e verdadeira. Emocionei-me com o final e realmente ansiei de verdade que isso acontecesse com todas as pessoas, que pudessem aprender com seus erros, que pudessem ver que sempre há margens para erros e acertos, que podemos fazer a diferença, que podemos tentar mais uma vez e acertar, vencer.

Aprovo e recomendo. Leiam e sitam-se abraçados pela linda escrita de Emily Giffin.

Trechos:

"Enquanto eu me virava no meu colchão para olhar para a janela, voltei a ouvir as palavras de Ethan: a parte que dizia que eu era uma amiga ruim, egoísta, egocêntrica e superficial. Fiquei com vergonha ao reconhecer que havia um pouco de verdade nessas acusações. E encarei os fatos: eu não tinha médico, nenhuma fonte de renda, nenhuma amiga íntima, nenhuma contato com a família. Eu já havia gastado quase todo o meu dinheiro, e tudo o que eu tinha para mostrar era um guarda-roupa cheio de roupas maravilhosas, muitas delas que não me serviam mais. Eu me mudei para Londres para tentar mudar de vida, mas e não havia mudado nada. Minha vida estava estagnada. Eu precisava fazer alguma coisa. Por mim e pelo meu bebê." 

"Mas eu não o amava. Era simples. A ideia de ficar com um homem somente por amor parecia ingênua e excêntrica, era o tipo de coisa que eu sempre criticava na Rachel, mas agora eu pensava da mesma maneira. Então, me forcei para fazer a coisa certa." 

"Enquanto todos aplaudem e bebem champanhe, eu sorrio para Rachel, pensando que ela dito a coisa certa. Amor e amizade. São eles que nos fazem ser quem somos e podem nos mudar, se deixarmos."

Postagem feita em parceria com A Irmandade dos Livros. Todos os direitos reservados.

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Fortaleza, 24 anos, ariana, intensa, impulsiva, passional, empática, feminista, louca, estranha, artista, livre, mente aberta. Música, audiovisual, fotografia, artes, natureza são minhas paixões. Uma pequena mulher com grandes planos de se aventurar pelo mundo.

 

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