07 setembro 2017

🎬Carol🌈

Olá, pessoas! Quanto tempo, né? Né! Sem mais delongas, hoje trago um filmaço pra vocês: "Carol". Para quem não conhece, vai ter o prazer de conhecer e assistir, quem sabe. Vamos lá?
Título Original: Carol
Ano: 2015
Gênero: Drama - Romance
Faixa etária: 14 anos
Duração: 118 minutos
Direção: Todd Haynes
Sinopse:
Nova York, início da década de 1950. Therese Belivet (Rooney Mara) está trabalhando em uma loja de departamento de Manhattan e sonhando com uma vida mais gratificante quando conhece Carol Aird (Cate Blanchett), uma mulher sedutora presa em um casamento fracassado. Já no primeiro encontro ambas sentem uma atração imediata e ardente, seguida de um sentimento mais profundo. Quando o envolvimento de Carol com Therese vem à tona, o marido de Carol a afronta, desafiando sua competência como uma mãe. Carol e Therese se refugiam na estrada, deixando para trás suas respectivas vidas, e logo se vêem encurraladas entre as convenções e a atração mútua.


Gostaria de começar falando que esse filme foi mais do que eu poderia esperar. Eu já o tinha assistido antes na época que as nominações do Oscar 2016 tinham sido lançadas, só que como estava maratonando tantos filmes, eu acabava que deixava a maioria rolar solta e ia fazer outras coisas e nem prestava tanta atenção. Dessa vez, eu realmente imergi e assisti de verdade, o que posso dizer que foi uma das melhores coisas que poderia ter feito num dia tão conturbado, pois o filme me trouxe uma sensação calorosa e feliz e eu realmente fiquei surpresa pela verossimilhança com a realidade lésbica. Dito isso, em frente vamos. ❤🌈

Década de 50, em New York. Inverno, natal, frio. Therese Belivet trabalha em uma loja de departamento (estilo Americanas, se você ainda está se perguntando o que seria uma loja de departamento) e parece que não está 100% satisfeita com isso, dá pra observar pelo seu comportamento e pela maneira como fala e olha ao seu redor. É trabalhando em uma noite fria que ela encontra Carol Haird pela primeira vez, olhando um conjunto de trem em movimento, seus olhares se esbarram e elas se encaram. Desde então já é possível notar uma atração enorme entre as duas e se xs desavisadxs não conseguem notar do que vai se tratar o filme, eu não sei mais o que entregará. 💁

Carol deixa suas luvas em cima do balcão de Therese e nisso começa a "aventura" das duas. Depois disso, elas se encontram e começam a se conhecer e é notória a atração forte que bate entre elas, aliás, só um cego não conseguiria ver. Acho linda a maneira natural como elas vão se conectando e conversando, conhecendo uma à outra. Um olhar despercebido qualquer diria que seriam apenas amigas, mas é essa uma das coisas lindas sobre a maneira como mulheres, no geral, se relacionam romanticamente e isso é lindo. 💞

A direção de fotografia do filme me deixou maravilhada, amo esse ruído granulado, a composição das cores, a paleta de cores do filme me chamou muito a atenção e conseguiu me envolver e me proporcionar uma imersão completa no universo da história. Por várias vezes enquanto estava assistindo, me deparei pensando em situações cotidianas as quais as cores me remetiam lembranças e isso foi muito bom, o apelo visual mexeu comigo. 💫

Falando um pouco das personagens separadamente, outra coisa linda de como as mulheres se relacionam e como é bom ver nas produções audiovisuais uma verossimilhança com a realidade é que há vida fora da relação que se desenvolve entre as personagens, elas são mulheres fortes, com suas próprias vontades e afetos e relações interpessoais e aspirações, desejos e ambições na vida, coisa que na vasta maioria dos filmes de romance hétero o que vemos é que o casal parece não ter vida fora do relacionamento e que um depende do outro (provavelmente você verá que isso se dá mais com a mulher em relação ao homem).😍

Carol é uma mulher de pra lá de seus 30 anos, já viveu certas coisas na vida, tem uma filha e um casamento "mal-acabado". Ela tem uma presença muito sensual e poderosa, que chama atenção de qualquer pessoa que por ela passa (pelo menos a minha atenção ela teria completamente se por mim passasse), além de ser decidida e parecer saber o que quer, e isso nós notamos desde o início com a jogada genial de ir até Therese (ela poderia ter ido à qualquer outra vendedora que ali estava e preferiu ir até Therese depois de seus olhares terem se tocado) e, ainda por cima, ter deixado suas luvas ali para possibilitar uma segunda interação. Apesar de todos os problemas que tem que lidar, ela não abre mão de sua liberdade, apesar de mais na frente ela tomar algumas decisões que lhe foram limitadas pelo fato de ser uma mulher lésbica, mas isso quem nunca, não é mesmo? Por incrível que pareça, ainda não vivemos num mundo 100% legal e acolhedor da comunidade LGBTQ+, imagina só na década de 50? Resumindo: Carol é uma mulher ímã, ela atrai e puxa para si, se fosse eu ali... não teria pra onde correr pois ela é realmente uma personagem de presença forte. 🙈💟

Therese é como uma jovem ainda não tão consciente de sua sexualidade e do poder que tem, mas é incrível ver sua força e sua personalidade crescerem no decorrer da trama. Ela é uma artista de coração, ama fotografar e suas fotos são maravilhosas. Também se mostra uma mulher bem decidida por não aceitar desaforo e vontade de "macho" e por enfrentar o que há por vir e embarcar na primeira aventura que a vida lhe oferece. Acho linda a sua maneira de encarar e seu modo quase poético de demonstrar seus sentimentos, mesmo que de uma forma contida, há uma força incrível em seus olhares, palavras e expressão corporal.💪

Com os problemas e a vida rugindo à sua volta, elas embarcam em uma aventura e saem pela estrada viajando e é aí que sua amizade e entrosamento crescem mais ainda. Adorei ver a maneira como tudo foi tão delicadamente composto em tela para que culminasse num ponto onde fiquei altamente sensível e entregue ao romance das duas, além das lágrimas, né?💧💔

Amei a trilha sonora e sonografia, que ajudaram mais ainda a envolver e a deixar esse filme mais amorzinho do que ele já é. Em determinado ponto, quando escutava certos acordes de uma música, eu já imaginava o que iria acontecer e simplesmente amei essa sensação de intimidade com o filme. 🎶

Só posso dizer que me retorci, chorei, vibrei, sorri e fui muito feliz ao escolher assistir essa maravilha e espero que vocês também possam escolher fazer isso. Representatividade é tudo, mesmo quando essa representatividade vem "quebrada" (branca, magra e hollywoodiana), não é mesmo? Temos que começar de algum lugar. 🌈

E aí? Vai dar uma chance? Apenas assista e caia de amores. 

Isso é tudo, pessoal!🌈🔥🌠💙

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1 comentários:

  1. Lendo esse teu post após meses me faz lembrar o quanto eu gosto de ler o que tu escreve, e o quanto eu senti falta disso. Só tu mesmo pra conseguir tratar sobre um assunto importante com palavras tão divertidas. Agora por favor, me conta logo o final desse filme, eu tô doido pra saber se deu tudo certo entre elas! Aaaaaaaah!

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Fortaleza, 24 anos, ariana, intensa, impulsiva, passional, empática, feminista, louca, estranha, artista, livre, mente aberta. Música, audiovisual, fotografia, artes, natureza são minhas paixões. Uma pequena mulher com grandes planos de se aventurar pelo mundo.

 

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