13 outubro 2013

"Ecos da Morte", Kimberly Derting

"Ecos da Morte"
The Body Finder, Livro 1.
Kimberly Derting
Editora Intrínseca
Brochura, 272 páginas, Ano: 2011, ISBN: 9788580570809
Média de preço: R$20,00.
3.5 estrelas
Sinopse:
Violet Ambrose tem dois problemas: o dom mórbido e secreto que carrega desde a infância e Jay Heaton, seu melhor amigo, por quem está apaixonada. Aos dezesseis anos e confusa com os novos sentimentos em relação a Jay, ela está cada vez mais desconfortável com sua estranha habilidade. Violet encontra cadáveres. Desde muito pequena, percebe os ecos que os mortos deixam neste mundo. Ruídos, cores, cheiros. Mas não todos: apenas os das vítimas de assassinato.
Para ela, isso nunca foi um grande talento. Na maioria das vezes, tudo o que encontrava eram pássaros mortos, deixados para trás pelo gato da família. Mas quando um serial killer começa a aterrorizar a pequena cidade onde mora e os ecos das garotas mortas a perseguem dia e noite, Violet se dá conta de que talvez seja a única pessoa capaz de detê-lo. Em pouco tempo, ela estará no rastro do assassino. E ele, no dela.
Intrigante. Diferente. Misterioso.

Ecos da Morte é um livro que traz bastante expectativa, prendendo o leitor em cada página na expectativa de saber o que irá acontecer com as personagens. Gostei da linguagem e da forma com que a autora compõe a trama do livro interpondo a visão da personagem principal, Violet, e a visão do antagonista. É interessante observar a maneira com que ela faz uma sinestesia, misturando cores, gostos, sons e cheiros exalados de um corpo que pertencem a alguém que foi assassinado. Adorei a colocação daquele suspense que nos deixa quase sem fôlego, ansiando por mais e pedindo exaustivamente à personagem que saia daquele lugar imediatamente.


A linguagem do livro é boa, simples, dá para ler rapidamente e imaginar perfeitamente os cenários do livro. A folha é excelente, pólen soft, assim nossa vista não cansa e podemos ler mais rapidamente. A capa e contracapa, bem, eu adoro a cor azul e achei interessante o contraste da folha (seca) e do brilho no restante da capa, apesar de achar uma capa bem simples. 


A personagem principal, Violet Ambrose, é uma menina que passou a sua infância percebendo sons, cores, cheiros, sensações (que ela passou a chamar de ecos) que vinham principalmente de animais mortos perto de sua casa. Ela então tinha o hábito de prover um enterro digno para eles em sua casa e acabou descobrindo que os ecos iam diminuindo mais depois que os corpos eram enterrados e encontravam uma relativa paz. Contudo, um serial killer está cometendo atrocidades matando garotas da cidade. Ela então encontra um corpo no fundo de um lago, através dos ecos que escutara. Violet então passará por perigos que deixará ela e a pessoa quem mais ama de cara com a morte. A autora simplesmente consegue envolver o leitor com o mistério que coloca nas páginas do livro.


Os personagens são típicos de uma cidade pacata dos Estados Unidos, são engraçados, maldosos, amigos, engraçados e as relações feitas por eles mostram-se verdadeiras e duradouras, mas sempre há espaço para uma patricinha de escola metida e cheia de si, que para chegar ao topo, precisa passar por cima dos outros. E sempre há também aquele grupo de amigas que estão ali para o que de e vier.


O relacionamento entre os personagens é tecido de uma maneira gostosa de ler, faz-nos lembrar de nossa época mais remotamente infantil e adolescente, quando gostávamos de alguém da escola e ficávamos  ansiosos para ver aquela pessoa todos os dias. É uma amizade bonita a dos personagens e nos faz ter vontade de reviver momentos e recriar laços.  A vivência de Violet com os pais dela também me fascina, visto que são bem unidos e procuram, de uma maneira única, entender a filha e seus sentimentos, de modo que a protegem feito verdadeiros pais corujas.


O que não achei muito atraente foi o fato da personagem principal ser deixada várias vezes em situação de perigo sabendo que estava em risco, pois se fosse em vida real, seria totalmente o contrário, pelo menos eu com certeza ficaria tão preocupada com a segurança de quem amo e a minha que ficaria mesmo agradecida de ter um tio policial que aceitasse oferecer segurança, e não ficar por aí andando sozinha, mesmo dentro do colégio, sabendo que há um serial killer a solta por aí.


As mortes em si não são detalhadas e não fica claro o modo como as vítimas são mortas e não há riqueza de detalhes de como estão quando são encontradas, de modo que isso poderia ser um pouco mais trabalhado, mas há uma sutileza na maneira como a ideia dessas mortes fica impregnada nas nossas mentes, de modo que até passamos a observar mais a nossa volta quando saímos.


"Violet parou o jet ski e se levantou para enxergar o fundo do lago. Uma luz matizada parecia irradiar embaixo d'água, surgindo de um ponto entre o junco e se propagando ao alcançar a superfície. Ela nunca tinha visto nada parecido, e sabia que o espectro da luz desafiava a própria natureza ao se comportar daquele jeito.

Aquilo só podia significar um coisa.

Havia algo morto ali embaixo."

Postagem feita em parceria com A Irmandade dos Livros. Todos os direitos reservados.

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Fortaleza, 24 anos, ariana, intensa, impulsiva, passional, empática, feminista, louca, estranha, artista, livre, mente aberta. Música, audiovisual, fotografia, artes, natureza são minhas paixões. Uma pequena mulher com grandes planos de se aventurar pelo mundo.

 

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